quarta-feira, junho 25, 2008

Sonha com um príncipe encantado que cuidará dela. Mas nem sempre. No entanto ilude-se no sonho de um castelo que não é. Finge não ver, finge não saber, pois o sonho sobrepõe-se

Mexe no cabelo quando se apercebe que é observada. Poderá ele? As mãos constrangidas entrelaçadas sobre as pernas nervosas as mãos. Olhos que fogem porque desejam ser encontrados.

Antes ao espelho, ajeita o cabelo o corpo observa com os olhos que insistem em

Descobre no reflexo da janela uma figura que não a sua que desliza o cabelo em torno do pescoço e pousa-o sobre a respiração quase nua. E ela observa. Questiona.

Fecha os olhos.

terça-feira, junho 24, 2008

Primeiro fica tudo branco, um branco de vazio. Só depois vem a sombra enorme avassaladora que escurece os recantos da alma.

Esta é a descrição simples, genuína, mas de uma clarividência espantosa, do processo de luto, de quem não tem muitas palavras, mas tem o sentimento profundo das coisas essenciais da vida.

Dar sentido à vida. A cada segundo da nossa vida. Não desperdiçar a Dádiva maior que permite tudo o resto.

Pois a vida é poesia a cada instante, e nem sempre temos tempo para ler poesia.