Hesito entrar temendo sentir-me em casa,
Adivinhando a ternura,
antecipando o calor de me acolheres como se nunca tivesse partido,
E reconheço todos os recantos,
Que traço com os meus dedos,
E todos os detalhes
Moldados, decalcados de mim, em ti
E hesito abrir a caixa com o teu nome
Para não desvanecer o sonho,
Não diluir as cores de um quadro
Que apenas pode existir
Dentro daquela caixa fechada,
Numa casa demasiado minha
Demasiado longe,
Numa porta que hesito
Resisto
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