quinta-feira, abril 20, 2006

Vivemos no limiar do fim, sem sabermos, estamos já mortos. Maquilhados, disfarçados, sorridentes, presidentes, mas vazios. Mortos. Avançado estado de coma.

José adormecido na poltrona da sua vivenda com o olhar derramado sobre a televisão de um qualquer domingo. E por trás o olhar, apenas a falência da alma esquecida na infância.

[Um dia não permitirão que eu exista. Descobrirão uma anomalia genética que me desvia do padrão humano, susceptível de originar comportamentos não previsíveis e inesperados. Tudo será controlável, perfeito, ideal]

1 comentário:

Anónimo disse...

Os anos passam, os sonhos são adiados, a vontade domada, a juventude perdida, o olhar da criança esquecido.
Nascemos para morrer e voltar a acordar na morte. Porque não há melhor morte do que aquela que em vida se faz. Louco é aquele que não vê o poder desse acordar. O louco ri-se e chora por dentro, mas não está morto como os demais.