sexta-feira, junho 02, 2006

Os beijos já não procuravam os seus lábios, fugazes (frios e distantes daqueles quentes dias da primavera), cruzavam-se como estranhos num cinzento dia de Inverno. Os lábios sepultavam o silêncio de tudo aquilo que já não podia ser dito. O corpo leito cansado de um percurso que se repete exaustivamente, sem pensar, sem lembrar.

Do Sol e da Lua, somos todos filhos

Tudo era novo, como se o universo começasse na luz que nascia do encontro do seu olhar. E os instantes eternidade, de palavras banais feitas poemas, de mãos que estremecem ao pressentir a proximidade das outras. Tudo é perfume, esplendor, procura e desejo de êxtase. Quando pela primeira vez os lábios se tocam, como se nada tivesse existido antes daquele momento, o calor único, o toque macio selando o mistério, revelando a doce ternura do Amor.

Sem comentários: